A Mulher Boazinha: Entre a Necessidade de Agradar e a Redescoberta de Si
- info6056233
- 4 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 16 de abr.
Desde a infância, muitas mulheres aprendem que ser amável, prestável e evitar conflitos é o caminho para o amor e a aceitação. É certo que tudo isto na medida equilibrada é uma mais valia mas quando nos anulamos, a conversa muda de tom!
A Mulher Boazinha é aquela que coloca as necessidades dos outros acima das suas, silencia a sua própria voz e teme desagradar.
No olhar de Carl Jung, esta dinâmica reflete um excesso do arquétipo da Donzela, que permanece numa postura de dependência e desejo de aprovação.
Na consciência familiar sistémica, esta mulher carrega frequentemente padrões herdados de submissão, sacrifício ou lealdade a um sistema que valoriza o cuidado dos outros em detrimento do amor-próprio.

Da Infância à Vida Adulta: Como se Forma a Mulher Boazinha?
Infância e adolescência:
Aprende que ser boazinha é sinónimo de ser aceite e amada.
Evita desagradar pais, professores e amigos.
Desenvolve uma hipersensibilidade ao olhar e opinião dos outros.
Suprime emoções como raiva e frustração para manter a paz.
Vida adulta:
Dificuldade em dizer “não” e em impor limites.
Escolhe parceiros, empregos e amizades onde assume o papel de cuidadora.
Fadiga emocional por carregar responsabilidades excessivas.
Medo de ser rejeitada ou criticada ao expressar as suas verdadeiras opiniões.
Culpa intensa quando tenta priorizar-se.
Sintomas e Consequências do Desequilíbrio
Emocionais: Ansiedade, baixa autoestima, medo de desagradar, necessidade constante de validação.
Relacionais: Relações unilaterais, dificuldade em estabelecer limites, tendência a atrair parceiros narcisistas ou exigentes.
Físicos: Cansaço crónico, tensão nos ombros e pescoço, insónias, problemas digestivos devido à repressão emocional.
Como Harmonizar a Mulher Boazinha?
Resgatar a autenticidade:
Questionar crenças sobre aceitação e amor.
Escrever um diário de emoções reprimidas.
Permitir-se sentir raiva e frustração sem culpa.
Aprender a dizer “não” sem medo:
Praticar respostas curtas e objetivas.
Começar por pequenos “nãos” no dia a dia.
Recordar que limites não afastam quem realmente ama.
Integrar a energia do arquétipo da Mulher Selvagem:
Conectar-se com a sua voz autêntica através da dança, arte ou meditação.
Honrar o seu espaço e necessidades sem se justificar.
Escolher conscientemente relações que respeitem o seu ser verdadeiro.
A transformação da Mulher Boazinha não significa tornar-se fria ou egoísta, mas sim reencontrar-se no equilíbrio entre dar e receber, entre cuidar e ser cuidada. O verdadeiro amor – próprio e dos outros – nasce da liberdade de ser quem realmente somos.
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