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A Mulher Boazinha: Entre a Necessidade de Agradar e a Redescoberta de Si

Atualizado: 16 de abr.


Desde a infância, muitas mulheres aprendem que ser amável, prestável e evitar conflitos é o caminho para o amor e a aceitação. É certo que tudo isto na medida equilibrada é uma mais valia mas quando nos anulamos, a conversa muda de tom!


A Mulher Boazinha é aquela que coloca as necessidades dos outros acima das suas, silencia a sua própria voz e teme desagradar.


No olhar de Carl Jung, esta dinâmica reflete um excesso do arquétipo da Donzela, que permanece numa postura de dependência e desejo de aprovação.


Na consciência familiar sistémica, esta mulher carrega frequentemente padrões herdados de submissão, sacrifício ou lealdade a um sistema que valoriza o cuidado dos outros em detrimento do amor-próprio.



Da Infância à Vida Adulta: Como se Forma a Mulher Boazinha?


Infância e adolescência:

  • Aprende que ser boazinha é sinónimo de ser aceite e amada.

  • Evita desagradar pais, professores e amigos.

  • Desenvolve uma hipersensibilidade ao olhar e opinião dos outros.

  • Suprime emoções como raiva e frustração para manter a paz.


Vida adulta:

  • Dificuldade em dizer “não” e em impor limites.

  • Escolhe parceiros, empregos e amizades onde assume o papel de cuidadora.

  • Fadiga emocional por carregar responsabilidades excessivas.

  • Medo de ser rejeitada ou criticada ao expressar as suas verdadeiras opiniões.

  • Culpa intensa quando tenta priorizar-se.


Sintomas e Consequências do Desequilíbrio


Emocionais: Ansiedade, baixa autoestima, medo de desagradar, necessidade constante de validação.


Relacionais: Relações unilaterais, dificuldade em estabelecer limites, tendência a atrair parceiros narcisistas ou exigentes.


Físicos: Cansaço crónico, tensão nos ombros e pescoço, insónias, problemas digestivos devido à repressão emocional.


Como Harmonizar a Mulher Boazinha?


Resgatar a autenticidade:

  • Questionar crenças sobre aceitação e amor.

  • Escrever um diário de emoções reprimidas.

  • Permitir-se sentir raiva e frustração sem culpa.


Aprender a dizer “não” sem medo:

  • Praticar respostas curtas e objetivas.

  • Começar por pequenos “nãos” no dia a dia.

  • Recordar que limites não afastam quem realmente ama.


Integrar a energia do arquétipo da Mulher Selvagem:

  • Conectar-se com a sua voz autêntica através da dança, arte ou meditação.

  • Honrar o seu espaço e necessidades sem se justificar.

  • Escolher conscientemente relações que respeitem o seu ser verdadeiro.


A transformação da Mulher Boazinha não significa tornar-se fria ou egoísta, mas sim reencontrar-se no equilíbrio entre dar e receber, entre cuidar e ser cuidada. O verdadeiro amor – próprio e dos outros – nasce da liberdade de ser quem realmente somos.


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